segunda-feira, 25 de junho de 2012

Carrinho para bebês - uma escolha

Por Carolina Mouta
Matéria publicada em 2011, no site Bolsa de Mulher *
Imagem: Dreamstime

Tão importante quanto aprender a trocar fraldas é saber escolher bem o carrinho do bebê. Afinal, é a bordo dele que seu filhote vai descobrir um mundo de coisas, tomar gosto pelos passeios e tirar aquela sonequinha! E, quanto melhor o produto, mais acompanhará o crescimento do pequeno.

Mas, a compra do carrinho é um assunto cheinho de pormenores. Não dá para entrar na loja e avaliar somente a beleza ou a quantidade de acessórios que podem ser acoplados nos modelos mais completos. Muitos pontos devem ser considerados e repensados antes de fechar negócio. O melhor carrinho é aquele que apresenta características mais compatíveis com seu estilo de vida. Difícil? Especialistas garantem que não. Basta organização e muita pesquisa!

Antes de comprar um produto tão específico, os pais devem levar em conta informações importantes. "Devem atentar à faixa etária, ao peso e à altura compatíveis com seu filho", explica Renata Palmieri, coordenadora de produtos da Chicco do Brasil. Além disso, outros quesitos devem ser analisados. "Os pais devem buscar durabilidade, segurança, praticidade e conforto", orienta Julieta Ferreira, especializada na área baby do departamento de compras da loja PBKIDS.

SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR
Avaliar muito bem alguns itens de segurança antes de fechar o negócio nunca será um exagero. O cinto de segurança mais indicado é o cinto de três ou cinco pontos. As travas nas rodas e os freios minimizam a possibilidade do carrinho andar sem que os pais percebam.

Outra trava essencial é a usada como dispositivo para manter o carrinho aberto ou fechado. Isso evita que haja algum acidente, como o carrinho se fechar com o bebê dentro. Os pais devem prestar muita atenção também ao acabamento do carrinho: ele não deve apresentar cantos pontiagudos, rebarbas ou partes metálicas que podem aquecer demais no sol.

PRIMEIRO CARRINHO
Julieta Ferreira lembra que existem carrinhos – nacionais e importados - para todas as fases do bebê em separado e carrinhos que vão desde o nascimento até 36 meses. "Os primeiros carrinhos - ou carrinho berço - oferecem todas as comodidades necessárias para satisfazer as necessidades específicas de conforto, segurança e a recomendação do máximo de tempo possível na horizontal para os recém-nascidos", diz.

A estrutura desses carrinhos costuma ser bem acolchoada e o espaço de acomodação da criança é bem amplo. O ajuste da inclinação do assento chega a cinco posições. Isso é essencial, principalmente nos primeiros seis meses de vida. "Nessa fase os bebês adormecem muito fácil e ainda não possuem sustentação de coluna. Assim, os carrinhos berço, que possuem reclinação de até 180°, são os mais indicados", alerta Renata Palmieri.

A administradora Fernanda Maciel, de 30 anos, dará a luz em breve e já escolheu o carrinho de Mariana. "Pesquisei bastante e optei por um modelo com posição horizontal e alça reversível, para que a bebê possa ficar virada para mim", conta. Mas Fernanda ainda não ficou satisfeita: maioria dos carrinhos desse tipo é grande e pesada.

SEGUNDO CARRINHO
Os segundos carrinhos, ou de passeio, são leves, versáteis e sem complicações. Nesse caso, se enquadram os modelos chamados "guarda-chuva". "Eles são pequenos, ocupam menos espaço, são práticos para fechar e fáceis de transportar", sugere Renata. A personal shopper Priscila Goldenberg aponta outro diferencial: vida útil mais longa, já que esses carrinhos podem ser usados por crianças maiores.

Entre todas as amigas de Yara Moura, mãe de Cauê, de um ano e cinco meses, o "guarda-chuva" é o rei. "Uma foi indicando para a outra e todas nós aderimos. Realmente é bem mais prático já que, na maioria das vezes, estamos sozinhas com o bebê e transportando aquela bolsa cheia de coisas", conta. Yara ressalta, ainda, que é importante que o teste na loja, antes da compra, seja feito também pela mãe. "Muitas vezes é o pai quem manuseia e testa o abrir e fechar do carrinho, a forma de carregar. No entanto, cabe à mãe no dia-a-dia a tarefa de utilizá-lo sozinha. Aí surgem as dificuldades", avisa.

Apesar de ser quase unanimidade entre as mamães, alguns modelos deixam a desejar nos quesitos conforto e resistência. Vale a pena verificar minuciosamente os detalhes e pedir uma boa referência de marca às amigas.

MODELOS DIVERSIFICADOS
Ao contrário do que se pensa, os carrinhos não devem atender somente às necessidades do bebê, mas alinhá-las com as necessidades de toda a família. Por isso, é possível encontrar tantos tipos no mercado. Mas a diversidade de produtos não deve ser motivo de desespero! Dá para comprar um carrinho que se adeque às questões de segurança, que seja lindinho e, de quebra, ainda atenda a tudo o que a mãe e o bebê precisam. "Hoje em dia existem muitas marcas e modelos que contemplam a maioria das características procuradas pelos futuros pais", diz Priscila Goldenberg.

Muito menos vistos nas ruas, os carrinhos de três rodas - do tipo triciclo - são uma opção para quem circula em diversas superfícies. "Ele pode ser usado em asfalto, terra, grama e pisos. Além de serem práticos e leves para manobras, são ideais para exercícios em parques e calçadões", pontua Julieta. Normalmente esse modelo possui rodas mais amplas e com diâmetro maior. "Além disso, possui amortecimento especial, o que proporciona maior estabilidade ao carrinho", lista Renata Palmieri.

Os carrinhos de três rodas possuem um design mais moderno e, consequentemente, mais acessórios, o que todas as mamães adoram. "Em geral, eles têm uma cesta maior para carregar todos os pertences do bebê e da mamãe, porta copos, bandeja para o bebê, regulagem da barra de empurrar o carrinho, skate para levar o irmão mais velho", enumera Priscila. Freios traseiros, rodas infláveis e regulagem de altura das alças também podem ser encontrados nesses modelos.

Já os modelos adventure, explorer, pick up e outros nomes que remetam a esportes e trilhas, são produtos bem mais resistentes a pancadas, subidas e superfícies rochosas. O diferencial está nas rodas, que são maiores e mais grossas, amortecedores dianteiros e traseiros, rodinhas direcionáveis, capa impermeável, diversos bolsos, sacolas e organizadores, além de um protetor frontal removível, ideal para ser usado em dias chuvosos e na mata. Apesar da estrutura reforçada, a composição é em material leve, como o alumínio. Isso encarece o produto, mas, em compensação, o carrinho pode ter seu peso reduzido pela metade.

CARRINHOS DUPLOS
Se comprar carrinho para um neném já dá pano pra manga, imagine só ter que escolher um modelo para dois bebês! É um mede daqui, verifica dali... Normalmente eles ocupam um espaço maior que os carrinhos convencionais, por isso, atenção às medidas. Os carrinhos para gêmeos possuem uma estrutura apropriada para acomodar duas crianças com segurança e estão disponíveis no mercado em diferentes modelos.

Existem modelos lado a lado - os mais tradicionais -, onde as crianças ficam bem próximas, interagindo o quanto quiserem. Ambas têm a mesma visão do passeio e podem compartilhar tudo da mesma forma. Esse modelo pode ser guiado por um dois pais sem problemas. O ponto negativo é o tamanho da peça: muitos não passam pelas portas e nem entram nos elevadores. Para não ter surpresas, prefira os carrinhos com largura inferior a 80 cm, que geralmente é a empregada nas portas.

Outra opção para levar os gêmeos é o carrinho no estilo tandem, em que uma criança fica atrás da outra. A vantagem é oferecer maior facilidade para passar pelas portas e calçadas estreitas mas, no entanto, somente uma das crianças - a que vai à frente - tem uma boa visão do passeio. Outra desvantagem é o espaço que resta para o bebê do assento traseiro quando a cadeirinha da frente é reclinada.

Para os papais mais indecisos sempre há a opção de comprar dois carrinhos individuais, que oferecem muito mais espaço. O ponto negativo dessa escolha é que na hora do passeio será necessária a presença de duas pessoas, ainda que seja utilizada uma trava própria para unir os dois carrinhos. "Tenho um casal de gêmeos e escolhi dois carrinhos individuais para compor o enxoval. Logo nas primeiras semanas percebi que a escolha havia sido equivocada, pelo menos para o meu caso. Substitui os dois carrinhos por um modelo duplo e hoje saio com os bebês sem depender de outras pessoas", conta Isadora Mathias, mãe de Clara e Eduardo, de cinco meses.

É sempre bom salientar que carrinhos para trigêmeos e quadrigêmeos existem mas só são fabricados por marcas estrangeiras. Por isso, é bem mais difícil encontrá-los pelas ruas das cidades brasileiras.

MUDANDO DE CARA
A maioria dos carrinhos possui estofado fixo e costurado no assento. Com isso, fica difícil lavar e fazer a manutenção do tecido. Aliás, ter o tecido lavável pode ser um diferencial do carrinho. Afinal, crianças costumam sujar tudo a sua volta quando comem. Então, se der para retirar a capa e deixá-la com cara de nova, melhor. Para contribuir com o aspecto nota 10, prefira as cores escuras. Os tons mais claros são bem mais difíceis de se manterem nos trinques.

Para colaborar com a limpeza uma novidade chegou ao mercado e promete repaginar os carrinhos. O confort set, produto da empresa alemã ABC Design, é um kit composto de capa para assento, barra de proteção acolchoada e aba solar para capota, mas só está disponível para alguns modelos da marca alemã ABC Design. A vantagem é ter um carrinho que se adeque às cores da moda, ou de visual totalmente diferente do original, principalmente quando o produto passa de irmão para irmão.

Aliás, quando os pais pretendem ter mais de um filho já começam, desde o primeiro enxoval, a buscarem estampas neutras. Além dos clássicos rosa e azul, as empresas investem em carrinhos com tecidos que servem para ambos os sexos como xadrez, desenhos geométricos e estampas de bichinhos e tecidos lisos.

O ninho neonato, produto da Burigotto ajuda a preservar o assento e dá ao bebê a gostosa sensação de aconchego. O acessório está disponível somente para alguns modelos de carrinho da marca.

Dias de sol ou de muita chuva? Não tem problema: se a mamãe quiser, o passeio está garantido. Hoje existem no mercado diversos guarda-sóis, guarda-chuvas e capas para manter o bebê alheio às vontades do tempo.

A lista de acessórios para carrinhos é enorme. Além de tudo o que o modelo pode oferecer, os pais ainda podem incrementá-lo com mosquiteiro, capa de chuva, jogo de lençol e fronha, móbiles, colchonete, travesseiro, nicho, guarda sol. E tudo isso a gente encontra nas lojas especializadas em bebês!

PASSO A PASSO PARA ESCOLHER BEM
Se você ainda está na dúvida sobre qual carrinho escolher, siga o passo a passo para uma boa escolha na hora da compra:
- Avalie qual será o ambiente de maior uso do carrinho
- Avalie segurança dos modelos
- Atente para o conforto e qualidade do produto
- Verifique o tamanho do carrinho (se possui um carro com porta malas pequeno, escolha um modelo de carrinho pequeno)
- Verifique a indicação de peso (avalie se o peso indicado para o modelo escolhido é o ideal para seu bebê)
- Procure um modelo com sistema de abre e fecha fácil, pois na maioria das vezes a mamãe terá que manusear o carrinho sozinha
- Verifique de acordo com a marca e modelo escolhido, quais acessórios estão disponíveis: capa de chuva, capa contra vento, capa de sol, porta-copos, tamanho da cesta para carregar bolsa do bebê, organizador, suporte para carregar sacola de compras, etc.
- Veja quais modelos de carseat (bebê conforto) são sugeridos para o carrinho. Muitos fabricantes fazem o carrinho e carseat da mesma linha. Caso o carrinho escolhido não tenha o bebê conforto, verifique quais modelos se adaptam ao mesmo com a ajuda de um dispositivo de fixação do equipamento, chamado adaptador para carseat
- Dê uma olhada no design, pois, além de todos os requisitos anteriores, o visual do carrinho de seu bebê deve ser de seu agrado.
- Pesquise bastante os preços. Há uma grande variação de loja para loja no mesmo modelo de carrinho.

* O texto pode ter sofrido modificações

Retomando os trabalhos

Olá!
Depois de uma pequena pausa no Baú, estamos de volta!

Para reiniciar os trabalhos, deixamos aqui, um lembrete: a vacinação contra a poliomielite vai até o dia 6 de julho. Não deixe de levar seu filhote!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Mitos e verdades sobre bebês

Por Carolina Mouta
Matéria publicada no site Bolsa de Mulher *
Imagem: Dreamstime

Só quem é mãe de primeira viagem sabe o quanto as dúvidas fazem parte do dia a dia de quem tem um bebezinho em casa. E conselhos não faltam. É avó, é tia, é vizinha: todo mundo quer dar pitaco. O grande problema é que muito do que se ouve por aí não passa de pura falácia!

Bebês não devem tomar chá? Virar o bebê de barriga para baixo diminui a cólica? Copinho pode substituir mamadeira? Lã na testa faz o soluço passar? São tantas as curiosidades!

Para dar uma organizada na cabeça e não perder tempo com bobagens, a Dra. Rosa Resegue Ferreira da Silva, presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria de São Paulo, preparou um guia com alguns mitos e verdades que a gente está cansada de ouvir por aí.

BEBÊS NÃO DEVEM TOMAR CHÁS? - Mito. Esta afirmativa é verdadeira quando a criança está em aleitamento materno até o sexto mês de vida. Nesse caso, deve-se evitar a ingestão de chás, pois podem prejudicar as mamadas e a absorção de ferro. Os chás devem ser preparados em infusão e sem adição de açúcar. O chá preto e o mate devem ser evitados por conterem cafeína.

ATÉ QUE O UMBIGO CAIA É NECESSÁRIO TAPÁ-LO? Mito. A limpeza do coto umbilical deve ser feita com álcool a 70%. O umbigo costuma secar durante a primeira semana de vida e cair entre oito e dez dias. Manter a área do umbigo sempre limpa e seca auxilia no processo de cicatrização. Por esse motivo, é preferível, inclusive, deixá-lo para fora da fralda. Importante destacar que o coto umbilical não dói.

AMIDO DE MILHO PREVINE ASSADURAS? Mito. Em alguns casos, a utilização de uma papa de amido de milho pode auxiliar (efeito calmante) quando a dermatite já estiver instalada. Por ter a forma de talco, o amido de milho deve inclusive ser evitado pelo risco de acidente (aspiração).

VIRAR O BEBÊ PRA BAIXO DIMINUI AS DORES DE CÓLICA? Nem mito, nem verdade. A cólica costuma acontecer nos primeiros três meses de vida da criança, tendo múltiplas causas. São também várias as iniciativas usadas como auxiliares para diminuição da dor do bebê e da ansiedade dos pais, como o uso de fraldas aquecidas ou colocar a criança de bruços sobre o colo ou a mão dos familiares. Nenhuma dessas iniciativas, entretanto, mostrou-se eficaz nos estudos realizados, mas é preferível sua utilização ao uso de medicamentos, que não têm eficácia comprovada e podem causar efeitos colaterais na criança.

LÃ NA TESTA FAZ O SOLUÇO PASSAR? Mito. Os soluços, assim, como os espirros são frequentes no bebê e ocorrem nas mudanças de temperatura, como no banho ou ao trocar as fraldas. Inócuos, os soluços não doem e podem ser aliviados colocando a criança ao seio para amamentar ou, simplesmente, acalentando-a.

A ALIMENTAÇÃO DA MÃE PODE INTERFERIR NAS CÓLICAS DO BEBÊ? Verdade. No entanto, é preciso deixar claro que não há necessidade de dietas especiais para a mãe que amamenta, devendo-se evitar apenas o consumo excessivo de alguns alimentos que podem provocar irritabilidade e/ou aumento dos movimentos intestinais como café e chocolate (considera-se excessivo o consumo de mais de 450g/dia).

CHUPETA ALTERA O DESENVOLVIMENTO BUCAL E DA FALA? Verdade. É importante não encorajar o uso da chupeta. Quando a criança já tem esse hábito, recomenda-se o uso da chupeta quando a criança for dormir, devendo-se retirá-la em seguida. Evite que a chupeta seja acessível para a criança. Não é recomendável o uso de prendedores (inclusive pelo risco de acidentes) e também de fraldinhas presas à chupeta, que só pioram as alterações provocadas.

RECÉM-NASCIDOS SENTEM MUITO FRIO E DEVEM ESTAR SEMPRE AGASALHADOS? Mito. Agasalhar demais os bebês pode provocar hipertermia.

SONECAS DIURNAS SÃO IMPORTANTES PARA OS BEBÊS? Verdade. A qualidade das sonecas diurnas é, inclusive, importante para a qualidade do sono noturno.

COPINHO PODE SUBSTITUIR MAMADEIRA? Verdade. Não há necessidade do uso de mamadeiras. Após o sexto mês, na passagem para os alimentos complementares, pode-se introduzir diretamente os copinhos. O mesmo é feito quando a mãe ordenha o leite para uso posterior. Nesses casos, o leite materno é oferecido em copinhos ou por meio de colheradas.


* O texto pode ter sofrido modificações.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Natação para bebês

Por Carolina Mouta
Matéria para o site
Bolsa de Bebê *
Imagem: Dreamstime


A água é um elemento bastante conhecido dos bebezinhos. Afinal, foram nove meses de contato com o meio aquático, ainda que na barriga. Os pequenos saem dela demonstrando muitos reflexos e movimentando-se com muita habilidade. Aproveitando essa deixa, muitos pais iniciam seus filhotes na natação, o único esporte indicado para bebês. E que gostoso pode ser! Sem barreiras para os movimentos e sem sentir o seu próprio peso, o pequenino tem momentos de prazer e descoberta e aprende a nadar a partir da brincadeira de mexer os bracinhos e as perninhas.

Completo, o exercício estimula todas as partes do corpo, promove tranquilidade e momentos de intimidade com os pais. Mas não é só por isso que é indicada. Há inúmeros motivos para matricular o seu bebê na aula de natação. De acordo com o professor Dani D´Aquino, segurança, saúde e lazer são alguns deles. "A natação pode evitar acidentes e salvar vidas desde muito cedo; fortalece o organismo prevenindo doenças ou promovendo reabilitação física e bebês e crianças bem adaptadas à água e, sabendo nadar, aproveitam muito mais as visitas em piscinas, praias, lagos e rios", pontua.

Bebês podem começar o exercício desde muito cedo. O ideal é que os pequenos tenham o primeiro contato com a piscina quando já tomou as segundas doses da maioria das vacinas, estão mais firmes e têm mais movimentação do corpo. Isso evita problemas chatinhos como inflamações de ouvido. "Para a maior parte dos pediatras a natação é recomendada a partir dos seis meses de vida, com o atestado", diz a professora Flávia Gazolli, especialista em psicomotricidade aquática.

Normalmente não há contraindicação do esporte para bebês, exceto quando as crianças têm alergia ao cloro.

Benefícios à beça

Mamães que decidirem colocar os bebezinhos na natação irão colher ótimos resultados. "A natação melhora da coordenação motora; aumenta a capacidade cardiorrespiratória; desenvolve noções de espaço e tempo e ajuda a prevenir doenças respiratórias", enumera o professor D´Aquino. Equilíbrio, tônus e outras atividades funcionais são muito favorecidas. "A natação estimula o apetite e tranquiliza o sono", explica Flávia.

E não é só o físico que colhe benefícios. O lado emocional e a confiança mútua também podem ser bastante trabalhados. "O bebê que pratica a natação desde cedo é estimulado de diversas formas. O contato direto com a água e seu acompanhante, que na maior parte das vezes é com sua mãe, proporciona momentos de conforto e estimula a afetividade", esclarece a especialista.

A natação pode auxiliar na prevenção e no tratamento de algumas doenças, principalmente as de origem respiratória, desde que praticadas em piscinas bem tratadas e com boa circulação de ar fresco. Alergias, bronquites ou rinites alérgicas podem ter um baita alívio com a prática regular do esporte. Mas, não se engane! A natação pode ser negativa em alguns casos. "A pressão, uma das propriedades físicas da água, tanto pode ajudar em caso de doenças respiratórias ou circulatórias também pode piorar doenças como a sinusite. Por isso a importância de consultar o seu médico antes de iniciar a prática da natação", reconhece o professor D´Aquino. De acordo com Flávia Gazolli, a natação também é excelente para tratar crianças que apresentam atraso motor.

Como é a aula

As aulas para bebês são cuidadosamente formuladas. Normalmente são mais curtas que as aulas tradicionais - têm a duração de até 45 minutos - e a presença de um dos pais é indispensável até, mais ou menos, os três anos. "Precisamos de alguém de confiança para entrar na água com o bebê. Um dos pais fica praticamente o tempo. Em alguns momentos a criança fica com o professor. As atividades são colocadas aos pais e eles executam com seus filhos. Nós, professores, somos mediadores", conta Flávia Gazolli.

Segundo Dani D´Aquino, o professor orienta as atividades - que devem ser prazerosas - de acordo com a idade de cada bebê. "É mostrada a melhor maneira de segurar o bebê e como fazer os mergulhos, além de muitas outras atividades, que geram segurança para os bebês e os pais", explica. O ritmo é menos intenso para os bebês menores. "Os bebês com menos de oito meses possuem um ritmo diferente, mais lento", ressalta Flávia.

De acordo com a especialista, para pais e bebês o exercício deve ter um caráter lúdico e recreativo. Já para o profissional, deve ter planejamento e conteúdo. "Brincar por brincar qualquer um faz. A diferença é que estamos auxiliando esses pais a estimular seu filho de uma forma segura e organizada", orienta.

É importante que o ambiente seja rico em estímulos. Deve haver número suficiente de objetos com diferentes cores, tamanhos, formatos e as atividades devem buscar facilitar o desenvolvimento dos sentidos da criança. Músicas também devem fazer parte das aulas, pois estimula a memória, ajuda a aumentar o vocabulário e traz noção de ritmo.

Olho vivo!

São tantos pormenores que não é qualquer pessoa que pode dar aulas de natação a bebês. Conhecimentos sobre psicologia e fisiologia do desenvolvimento infantil fazem diferença na hora de propor as atividades adequadas à faixa etária. Portanto, os pais devem estar atentos à habilitação dos instrutores. "Os professores obrigatoriamente devem ser formados em educação física, registrados no Conselho Regional de Educação Física (CREF), com participação de cursos específicos de natação para bebês", salienta Dani D´Aquino.

Outro ponto que precisa ser avaliado é o local das aulas. Os pais devem conhecer a academia, verificar as instalações físicas em relação à higiene, ventilação e limpeza dos vestiários.Assistir a uma aula e conversar antes com o professor para saber sobre a dinâmica ou número de bebês por turma, são boas dicas.

A piscina - motivo de preocupação de muitos pais - deve receber tratamento especial. "A temperatura de ser em torno de 32 a 33°C, com residual de cloro dentro da faixa ideal e, de preferência, com tratamento auxiliar da água através de ozônio ou ultravioleta", explica o professor Dani.

Para que a criança aproveite as aulas e tenha vontade de cair na piscina, insira a natação no dia a dia sem alterar a rotina. O horário da aula não deve coincidir com o soninho da tarde ou com a hora da alimentação do pequeno. E não se preocupe com a fralda: já existem modelos de várias marcas próprios para piscina e que não apresentam qualquer risco de vazamento.

Como em tudo o que fazemos, estímulos são muito bem-vindos: elogie o seu bebê a cada conquista, a cada mergulho, a cada gesto. Assim, a natação será um momento de extrema felicidade, permeada por muito aprendizado e lições para a vida inteira.


* O texto pode ter sofrido modificações

segunda-feira, 5 de março de 2012

Vaidade infantil

Por Carolina Mouta
Matéria para o site Bolsa de Mulher *
Imagem: Dreamstime


"Espelho meu, espelho meu, existe no mundo alguém mais bela do que eu"? Está documentado nas fábulas infantis: beleza e vaidade são assuntos que mexem com a cabeça dos humanos muito cedo. Desde pequenininhas, as meninas têm vontade de se maquiar, pintar as unhas, cuidar dos cabelos, ficar bonita. Os meninos não ficam de fora: querem roupa da moda e penteados descolados. Nada de mais, dentro dos devidos limites.

As crianças estão tão mais exigentes que querem cuidar da aparência em um lugar pensado só para elas. Atendê-las quer dizer ter uma decoração colorida, com mobiliário adequado, videogame, cama elástica, piscina de bolinhas, karaokê e tudo o mais que você possa imaginar. Para dar conta desse público, um novo segmento de mercado vem conquistando muitos clientes e, neste ramo, os salões de beleza são os que mais crescem. E não apenas para cortar o cabelo: "As crianças procuram serviços de corte, hidratação, penteados, maquiagens, unhas decoradas", conta Morgana Vigo, proprietária do Astros e Estrelas Kids no Rio de Janeiro.

A presença das crianças em locais que antes só atendiam adultos é cada vez mais constante e tem a ver com mudanças no estilo de vida. De acordo com a consultora em beleza e bem-estar do SPA Shishindo, Soon Hee Han, as mães buscam introduzir as crianças muito cedo a cuidados que antes só iniciavam na adolescência.

Apesar de disponibilizarem - também para crianças - serviços de relaxamento e reeducação alimentar, muitos SPAs são procurados pelas mães para apresentar à criança o universo da beleza e da boa aparência. Aí entram as massagens, terapias com pedras quentes, drenagem linfática, acupuntura e esfoliação. "O objetivo primordial é a introdução em ambientes de glamour, diferenciado", conta a especialista.

Mais que cuidar do visual Os serviços diversificados em SPAs vão além. Alguns, como o Shishindo, organizam festas de aniversário para a garotada. "O SPAs é procurado pelas mães para comemorações pequenas, com o máximo de 12 crianças".

As menininhas que se sentem em casa no salão podem comemorar o aniversário cuidando do visual junto com as amigas. "Fazemos festas para até 20 meninas com direito a um buffet durante as quatro horas em que ficam no salão - incluindo desfile das produções realizadas, sem esquecer o bolo e doces para a hora do parabéns", diz Morgana.

O mercado da beleza infantil é tão amplo que fez com que os profissionais fossem até os clientes. "Vamos também às festas fora do nosso salão. Produzimos todas as crianças com penteados, maquiagens e unhas decoradas e, para os meninos, penteados radicais com gel colorido. As crianças curtem muito este serviço, que realizamos em casas de festas, play de condomínios, desfiles de grifes, escolas e até dentro das residências de clientes, numa comemoração mais íntima", relata a empresária.

Menino também entra

E quem foi que disse que os meninos não curtem uma produção? "No dia a dia o salão é mais frequentado por meninos, pois cortam cabelos muito mais vezes que as meninas", diz Morgana. Menina gosta é de se enfeitar. "Elas cortam menos, ficam mais ligadas nos demais serviços como unhas, penteados e maquiagem. As meninas curtem as festas no salão, simplesmente adoram!", conta Morgana.

Os SPAs também estão longe de ser território exclusivamente feminino. Nesse clubinho menino entra. "Principalmente adolescentes do sexo masculino buscam muito os serviços de SPA, limpeza de pele e antitensão em época de vestibular", diz Soon Hee Han.

Imitar é bom, mas tem limite

De acordo com a psicóloga Marina Almeida, a frase célebre que inicia essa matéria pode aprisionar as crianças num ideal narcísico e infantil. "Elas não verão a diversidade de beleza que não é apenas estética, mas interna, subjetiva, nas relações afetivas e amorosas diante da vida", pontua a especialista.

Morgana Vigo admite: a nova geração de crianças está antenada com o que acontece no mundo, mas ainda se espelha nos pais. E todo mundo sabe: criança adora imitar gente grande. As menininhas copiam a mãe, os garotões querem ser iguais ao pai. E isso faz parte do crescimento da criança. "A fase de imitação é saudável, até que a própria criança possa ser ela mesma, dentro de suas necessidades", orienta a psicóloga Marina Almeida.

Os pais devem estar atentos ao limite. As idas aos salões e SPAs devem ser encaradas pela criança como uma grande brincadeira que alia beleza e higiene. "As crianças precisam estar com os cabelos cortados, principalmente a franja, para não atrapalhar a visão e o aprendizado na escola. Devem estar sempre com as unhas limpas, pois as doenças estão aí", orienta Morgana.

A inclusão de um SPA na agenda infantil passa a ser preocupante quando elas chegam para perder peso por causa da estética e não da saúde. Os pais devem ser coerentes: algumas realmente precisam de um trabalho de reeducação alimentar e exercícios físicos. Outras só querem imitar a modelo vista na televisão.

Quando essa vaidade toda passa a ser levada a sério, o alerta dos pais deve acender. "O cuidar-se deixa de ser saudável na medida em que esta criança só vive para isso: para o salão de beleza, para os cosméticos, para imagem, sem poder notar outras necessidades afetivas, a de crescimento, como estudar, ter amigos, construir valores éticos e morais", diz a psicóloga Marina Almeida.

Incentivar o culto à beleza e ao corpo em demasia pode fazer com que a criança pule etapas importantes do desenvolvimento da sua personalidade levando à sexualização precoce. "É a condição de colocar o ser humano que está em desenvolvimento, se humanizando, tentando aprender a dominar seus impulsos agressivos e libidinais, numa condição aonde se investe somente nas condições de sedução, erotismo, atração, estética corpórea. Valoriza-se mais o investimento no corpo do que nos afetos, valores e autoestima", explica Marina.

Mas não são somente os pais os responsáveis por essa cultura. "A mídia e os valores consumistas levam as meninas a adquirem maquiagem, tinturas de cabelo, esmaltes, bijuterias e mesmo o controle do corpo para ficarem magras e serem manequins. Notamos que a aquisição destes bens não se basta um esmalte, uma bijuteria, mas se anseia pelo exagero, precisa-se ter uma coleção disto tudo", diz a psicóloga.

Cuidado com os produtos

Perfume, esmalte, gel de cabelo, maquiagem, creme hidratante, xampu e condicionador... A lista de produtos infantis não para de crescer. "Os cosméticos ao público infantil têm formulação especial para não agredir a pele e os cabelos das crianças, além de suaves fragrâncias. É fundamental que os produtos utilizados estejam de acordo com a idade", orienta a dermatologista Denise Lima.

A maquiagem deve ser evitada a qualquer custo. "Se isso não for possível, prefira os produtos infantis, que saem com mais facilidade na água. Opte por marcas conhecidas e, mesmo sendo antialérgica, faça o teste na criança", salienta a médica.

De acordo com Denise, os esmaltes não deveriam fazer parte da brincadeira, pois possuem solventes em sua composição. Mas as menininhas não precisam chorar. Há no mercado esmaltes desenvolvidos para crianças e que saem com água e sabão.

* O texto pode ter sofrido modificações

quinta-feira, 1 de março de 2012

Coça, coça: é piolho

Por Carolina Mouta
Matéria para o site Bolsa de Bebê *
Imagem: Dreamstime


Uma coçadinha aqui, outra coçadinha acolá... Nada de mais quando é esporádica. Mas, se o coça-coça não dá trégua, a mamãe logo suspeita: pode ser piolho. Existem diversos tipos do parasita, mas vamos nos ater aqui ao Pediculus humanus var capitis - hein? -, que pode provocar uma infestação chamada de pediculose do couro cabeludo. A doença - que está entre as de maior incidência na população infantil do país - é caracterizada por uma coceirinha sem fim, que atinge principalmente crianças em idade escolar. Mas os adultos não estão livres dele, não. Os bichinhos também não fazem distinção de raça, classe social e nem idade. Se tem cabelo, ele pode fazer a festa!

Quem é esse tal de piolho?

De acordo com a bióloga Bianca Dantas, o piolho é um inseto pequenino, de coloração marrom. Possui uma boca adaptada, usada para perfurar a pele e sugar o sangue humano, do qual se alimenta. As garras nas seis pernas possibilitam grudar no corpo do hospedeiro.

Os bichinhos não voam, não pulam e vivem em torno de 30 dias. Nesse tempo podem fazer um estrago... "Uma fêmea pode colocar até 300 ovos durante a sua curta vida. Na sua fase reprodutiva ela costuma botar, em média, de dez a doze ovos por dia. Esses ovinhos de cor esbranquiçada são as lêndeas, que costumam ficar grudadas nas raízes do cabelo, bem pertinho do couro cabeludo, e eclodem em cinco ou seis dias", explica Bianca.

Como são transmitidos?

Engana-se quem pensa que os piolhos estão associados à falta de higiene. A história não é bem assim: os piolhos gostam mesmo é de um cabelo limpinho. A transmissão acontece através do contato pessoal direto com os indivíduos infestados e pelo compartilhamento de utensílios como pente, boné, travesseiro, lenço de cabeça e presilhas. Encostos de cadeiras e assentos de carros também ajudam a disseminar a pediculose.

Quais os sintomas?

O primeiro sintoma de uma infestação é uma intensa coceira no couro cabeludo, principalmente na região da nuca e atrás das orelhas. Essa coceira, causada pela saliva e pelas fezes do piolho, pode resultar em feridas, deixando uma porta aberta para infecções bacterianas. E entre uma coçadinha e outra não há quem durma. "Além de atrapalhar o sono, a pediculose pode levar as crianças a um quadro de estresse, o que atrapalha, inclusive, o desempenho escolar", ressalta a pediatra Rosana Monteiro. Mas não é só isso: dois meses são o suficiente para que o quado se agrave. "Pode haver o aparecimento de gânglios e anemia", avisa a especialista.

Como diagnosticar a pediculose?

Além da coceira, uma outra forma de evidenciar a infestação é verificando a presença dos parasitas. Mas isso não é nada fácil, especialmente no caso dos piolhos. Eles fogem ao menos sinal de movimento nos cabelos. As lêndeas são bem mais legais: ficam paradinhas, grudadinhas nos fios e tem uma coloração mais clara, sendo melhor identificadas.

Dá para prevenir

Não tem jeito: pais que têm filhos em idade escolar devem estar atentos e inspecionar sistematicamente as cabecinhas. Com a ajuda do pente fino, é bom fazer uma varredura diária nos fios de cabelo. "A criança pode criar o hábito de passar o pente fino toda vez que for tomar banho", sugere a dermatologista Fernanda Oliveira. Assim, se houver piolho, ele já vai, literalmente, por água abaixo!

Outros cuidados podem ajudar a manter os piolhos bem longe: a criança deve ser orientada a não compartilhar objetos como pentes, bonés e presilhas. Manter as madeixas curtas ou amarradas também são boas opções, mas não prenda os cabelos se eles estiverem úmidos.

Operação pente fino

No caso de haver infestação, o pente fino - preferencialmente e metal ou inox - também é o principal aliado no tratamento. Quando for passá-lo, é bom utilizar um pano claro, evitando que os piolhos caiam na roupa. Os piolhos e lêndeas que caírem no pano devem ser deixados em vinagre diluído em água por um período de 30 minutos, para que sejam mortos. Aliás, essa fórmula (uma parte de água para uma parte de vinagre) também é eficaz para retirar as lêndeas. "A orientação é passar a solução com a ajuda de um pedacinho de algodão. Use poucos fios de cabelo de cada vez, pressione-os entre o algodão e puxe da base do fio para as pontas", ensina a drª Fernanda.

Receitinhas alternativas, nem pensar!

Na ânsia de exterminar os insetos, muitos pais se deixam levar por recomendações alternativas e produtos inadequados. Mas, não existem receitas infalíveis para exterminar os piolhos. A médica ressalta que o uso de soluções caseiras, principalmente se na fórmula tiver querosene e inseticidas, deve ser totalmente descartado. "Esses produtos são tóxicos ao ser humano e podem ausar irritações e reações alérgicas. A melhor conduta e procurar um especialista, que indicará o tratamento adequado com shampoos ou loções, chamados de pediculicidas. Ferver os objetos pessoais, tais como pente, boné, lençol e roupas também ajuda", diz. O uso dos "remedinhos para piolho" deve ser repetido cerca de dez dias após a primeira aplicação. Esse é o tempo necessário para que as lêndeas - que se safam dos pediculicidas - se transformem em piolhos. Por isso, é importante considerar o ciclo biológico do parasita.

Fazendo o tratamento direitinho, em duas semanas o pequeno estará livre dos bichinhos. Aí, é cuidar para que não haja reinfestação. Afinal, ninguém quer ser surpreendido com o aparecimento de visitantes tão indesejados.

* O texto pode ter sofrido modificações

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Comportamento de crianças diante o sol

Por Dr. Marcelo Olivan


O Pedriatrics (http://pediatrics.aappublications.org/), jornal da Academia Americana de Pediatria, publicou um estudo recente com crianças e pré-adolescentes para verificar como se comportam diante do sol, se têm o hábito de cuidar da pele e usar protetor solar.

Pesquisadores entrevistaram 360 crianças em Massachusetts (EUA), quando elas tinham dez anos de idade, fazendo perguntas sobre se tinham sofrido uma queimadura no verão anterior, quantas horas costumam passar sob o sol, se gostam de se bronzear e se usam protetor solar. Eles acompanharam os participantes e após três anos, as crianças - já adolescentes, foram entrevistadas novamente e os resultados foram surpreendentes.

A queimadura solar permaneceu estável, latente na pele, em pouco mais de 50% dos participantes. Enquanto crianças, apenas 50% relataram o uso frequente do filtro solar sob o sol, por pelo menos seis horas. Entretanto, o uso do protetor, nas mesmas condições, caiu para 25% quando as crianças passaram a ser adolescentes.

O estudo mostra que as crianças que sofreram um incidente de queimaduras solares grande na infância correm duas vezes mais risco de desenvolver um melanoma mais tarde na vida. Aos dez anos, a participação dos pais é mais ativa, por isso o uso maior do filtro solar. Mas os pais ainda pecam em apenas incentivar as crianças a usarem o filtro solar e não explicam o por que de se proteger do sol. O número de pré-adolescentes que passam o tempo ao sol para ficar bronzeadas aumentou durante o período de três anos. Na adolescência, a vida ao ar livre e os bronzeados vistos na televisão e nos colegas se tornam mais importante do que o cuidado com a própria saúde.

O sol pode causar danos latentes à pele se não cuidada corretamente. Até chegar à adolescência, a criança se expõe demais à radiação solar, que tem ação cumulativa ao longo dos anos, afetando o DNA das células. Os pais e a sociedade devem provocar um alerta sobre os perigos com a pele nos jovens. A exposição à radiação do sol está associada ao desenvolvimento de câncer de pele mais tarde na vida, ou seja, é imprescindível o uso correto do protetor ainda quando pequenos. E a proteção da pele é o único meio de evitar futuramente a doença.

O autoexame é também uma medida preventiva para diagnosticar precocemente o câncer de pele. Todas as partes do corpo devem ser examinadas diante do espelho pelo e, ao avaliar sinais suspeitos na pele, como manchas, feridas que não cicatrizam, ou pintas de nascença que comecem a crescer ou a mudar de cor, o paciente deve procurar um médico especialista imediatamente e ser encaminhado para o tratamento correto. A cura é bem possível na maioria dos casos, principalmente quando há prevenção.

*Dr. Marcelo Olivan é membro do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e está diretamente envolvido com intervenções reparadores, como reconstrução e remoção de lesões causadas por câncer de pele e queimaduras. Mantém o portal www.cancerpele.com.br, que esclarece dúvidas sobre a doença e alerta sobre prevenção.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Galinha Pintadinha faz a alegria dos carioquinhas


Por Carolina Mouta
Matéria para o blog O Baú da Criança
Imagem: Divulgação

Posso apostar: as mamães conhecem bem o fascínio que a Galinha Pintadinha exerce sobre os pequenos. E toda essa magia pode ser vista ao vivo e em cores (e que cores!) no Teatro das Artes, no Rio de Janeiro.

O espetáculo musical faz temporada em terras cariocas até o dia 1° de julho e traz para o palco, além da personagem principal, o Galo Carijó, a Baratinha e sua banda Os Naftalinas, a Borboletinha, o Sapo e seus amigos do brejo e até Dona Chica - aquela que atirou o pau no gato. Para a apresentação foram escolhidas 12 músicas - já conhecidas da pequena turminha.

O Teatro das Artes fica no Shopping da Gávea. O endereço é Rua Marquês de São Vicente, 52, 2° piso, Gávea. Há espetáculos às 15 e às 17 horas, sempre aos sábados e domingos. A entrada custa R$70 e crianças até dois anos não pagam, desde que não ocupem assento. De dois a 21 anos, desconto de 50%. Ingressos online no www.ingresso.com.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Volta às aulas: cuidados com a mochila escolar

Por Carolina Mouta
Matéria para o blog O Baú da Criança
Imagem: Dreamstime

Iniciozinho das aulas! Época que os pequenos adoram! Rever os amigos, contar as novidades das férias... Para os pais, preocupação com o material escolar, uniforme e a nova mochila dos filhos. Essa, muitas vezes, tão esperada pelas crianças. No entanto, é preciso um certo cuidado na hora da escolha: bolsas muito pesadas e mal distribuídas podem causar dores e desvios por vício de postura e impacto na coluna.

Segundo informações do chefe do Serviço de Ortopedia do Hospital e Maternidade Celso Pierro da PUC-Campinas, José Luis Zabeu, o material escolar não pode ultrapassar 10% do peso da criança. Em algumas escolas isso se torna praticamente impossível. São tantos caderno, tantos livros... A grande questão é que o excesso de peso ocasiona dores em toda extensão das costas e provoca vícios de postura.

O que também pode acontecer com o mau uso da mochila é o impacto na coluna. Para minimizar os danos, o médico aconselha que a criança utilize sempre os dois ompbros para carregar a bolsa. Outra boa dica é a mochila com rodinhas, desde que seja verificada a altura da criança e a regulagem da mochila. É importante sempre orientar o pequeno a mudar o braço que puxa, para evitar a escoliose.

Na hora de escolher a mochila, preste atenção em alguns detalhes:

-Alças acolchoadas ajudam a amortecer a pressão sobre os ombros;
-Bolsas com amortecedores para região dorsal e cinto ajudam a mantê-las junto ao corpo e protegem as costas;
-As mochilas com muitos bolsos e enfeites não são indicadas, pois podem aumentar o peso final.

Então, mamães e papais, beleza não é tudo! Cuidado é fundamental!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Seu filho está seguro em casa?

Por Carolina Mouta
Matéria para o site Bolsa de Mulher *
Imagem: Dreamstime


Num piscar de olhos aquele bebezinho que só ficava no colo começa a andar. Passinhos trôpegos logo darão lugar a um andar apressado e, às vezes, a uma corridinha. Quedas e tropeções são mais do que naturais nessa fase. No entanto, não é porque está em casa que seu filhote está em segurança. Já parou para pensar quantos perigos passam despercebidos no recesso do lar? Não? Então, se você é mamãe ou está prestes a entrar para o maravilhoso mundo da maternidade, está na hora de começar a pensar.

Estudos mostram que, pelo menos, 90% das lesões em crianças poderiam ser evitadas com simples atitudes de prevenção. Em meio às expedições de exploração, basta um segundo de distração do adulto para que a criança engula um brinquedinho, coloque o dedo na tomada ou escale o sofá em direção à janela. Até mesmo acidentes com arma de fogo podem acontecer. É preciso preparar a casa.

Alessandra Françoia, coordenadora nacional da Criança Segura, alerta que qualquer risco do ambiente doméstico, se subestimado, pode resultar em um acidente grave. E os dados do Ministério da Saúde provam que existem muitas crianças se acidentando por aí. A estatística mostra as principais causas de morte, mas nem sempre é possível identificar quais ocorreram dentro de casa.

Acidentes no trânsito encabeçam a lista de fatalidades, seguidos por afogamentos, sufocações, queimaduras, quedas, intoxicações, acidentes com armas de fogo e outros, todos estes riscos comuns do ambiente doméstico. "Os números de mortes por acidentes de crianças até 14 anos, segundo DATASUS/Ministério da Saúde (2008), apresentaram-se da seguinte forma: acidentes de trânsito (1.971), afogamentos (1.360), sufocações (754), queimaduras (313), quedas (255), intoxicações (94), acidentes com armas de fogo (36) e outros (323). Foram 5.106 mortes no total. No caso das hospitalizações por acidentes, também de crianças de 0 a 14 anos, foram 109.241 no total, a maior parte delas por quedas (58.581 hospitalizações), posteriormente, acidentes de trânsito (10.874), queimaduras (15.007), intoxicações (3.963), sufocações (504), afogamentos (374), acidentes com arma de fogo (271) e outros (19.667)", diz Alessandra.

Conhecer as particularidades e diferentes características do desenvolvimento da sua criança é um bom caminho para compreender a incidência de determinados acontecimentos. É importante ressaltar que qualquer criança, independentemente de sua classe social, está vulnerável à ocorrência de um acidente.

Cozinha não é lugar de criança
Não é à toa que o velho ditado diz que cozinha não é lugar de criança. E não é mesmo! É um local no lar onde ocorre a maior parte dos acidentes domésticos, sejam queimaduras, cortes, incêndios, dentre outros. Junto com os banheiros e as escadas são os locais mais perigosos de uma casa.

Alessandra Françoia aconselha os pais a controlarem a entrada da criança na cozinha com a instalação de um portão ou grade de segurança. Caso o pequenino drible o esquema, toda atenção é pouca. A maioria das queimaduras com bebês, especialmente entre as idades de seis meses e dois anos, é causada por comidas quentes e líquidos derramados na cozinha. "As queimaduras representam os acidentes mais graves deste ambiente. Além das queimaduras, outros riscos também são comuns como intoxicações, pois a criança pode ter acesso a produtos de limpeza, e lesões com objetos cortantes como facas e garfos", orienta Alessandra.

Cuidado nos detalhes
Piores que os riscos aparentes podem ser os "perigos invisíveis" de uma casa, aqueles que existem, mas, normalmente, ninguém dá importância, até que algo acontece. Pequenos objetos - aparentemente inofensivos - espalhados pela casa também podem causar sufocação. Portanto, guarde bem os sacos plásticos, embalagens de presente. Até pedacinhos de comida podem apresentar perigo. Observe um tamanho seguro para oferecer o alimento ao seu bebê. A sufocação ou engasgamento está no topo da lista entre os acidentes (com morte) de crianças de até um ano.

O afogamento é a segunda causa de morte entre todos os acidentes com crianças de um a 14 anos, no Brasil. É importante salientar que os perigos não estão apenas nas águas abertas como mares, represas e rios. Para uma criança que está começando a andar, por exemplo, três dedos de água representam um grande risco. Assim, elas podem se afogar em piscinas, cisternas e até em baldes, banheiras e vasos sanitários. E fique sabendo: a primeira causa de afogamento com crianças é a falta de supervisão, geralmente por questão de segundos. Não confie na sua rapidez. "Um balde deixado ao alcance da criança com apenas três dedos de água pode significar risco sério de afogamento. Por curiosidade, a criança de até quatro anos pode colocar a cabeça dentro do recipiente e, por ter essa parte mais pesada que o resto do corpo, pode não conseguir mais voltar e acabar afogando em pouca quantidade de água", exemplifica. Por isso, piscinas devem ter grades e o pequeno precisa estar sempre sob o olhar atento de um adulto. Boa parte das crianças que se afogam em piscinas está em casa sob o cuidado dos responsáveis. Um mero descuido basta para que um afogamento ocorra.

Além do perigo de afogamento, um simples banho de banheira, sem que o responsável tenha antes testado a temperatura da água, pode ocasionar sérias queimaduras. Esse tipo de lesão tende a ser mais grave que a ocasionada pelo derramamento de algum líquido quente pois cobre uma porção maior do corpo. Mas não é por isso que você vai deixar de tomar certos cuidados na hora de cozinhar: os cabos da panela devem estar sempre voltados para dentro. Isso evita que a criança puxe a panela e entorne o líquido.

Quedas de janelas são frequentes. Investir em telas de proteção e grades de segurança evitará que o seu super-homem tente sair voando. As escadas também são vilãs e abocanham boa parte das lesões. Grades e portas fechadas podem diminuir os riscos. Cuidado também com as camas: crianças com menos de seis anos não devem dormir em beliches. Se não tiver escolha, coloque grades de proteção nas laterais. E cinto de segurança não é só para a cadeirinha do carro, não, viu? O dispositivo existe nos carrinhos e nos cadeirões de refeição e precisa ser usado. Bebês, ansiosos por explorar o mundo, querem ficar de pé sob os assentos e, sem o cinto, a queda é certa.

Intoxicações com medicamentos e produtos de limpeza também representam grande risco. Crianças com até dois anos de idade correm maior risco de um envenenamento não intencional já tudo o que consideram interessante levam à boca. Ainda mais se é algo colorido como muitos desinfetantes. Plantas podem ser venenosas. Portanto, verifique se as suas são seguras e ensine as crianças a não colocá-las na boca ou utilizá-las para fazer comidinhas, por exemplo. Brinquedos merecem atenção redobrada. Além de não conterem peças pequenas, que possam ser engolidas, os pais devem se preocupar com o material da composição é atóxico. As tintas do berço e da parede de sua casa podem conter substâncias como chumbo e monóxido de carbono, que fazem mal à saúde da criança. Por isso preste atenção à composição das tintas utilizadas em sua residência. A fumaça de cigarros, cosméticos e até vitaminas pode ser responsáveis pelo envenenamento de bebês, sabia? Fique esperta.

Não subestime seu filho em relação às armas de fogo. Crianças de três anos de idade são fortes o suficiente para puxar o gatilho de muitos revólveres. Já está comprovado que o acidente ocorre porque até oito anos de idade as crianças não conseguem distinguir entre armas reais e de brinquedo. Quase todos os tiros fatais não intencionais ocorrem em casa ou na vizinhança. A maioria dessas mortes envolve armas guardadas carregadas e acessíveis para as crianças.

Quartinho seguro
Bebês, mesmo pequeninos - quando ainda nem engatinham - correm riscos em casa. Para manter as possibilidades bem longe da sua preciosidade, monte um quartinho à prova de qualquer acidente.

Para começar, dê atenção especial ao lugar onde o bebê vai dormir. "Bebês devem dormir em colchão firme, de barriga para cima, cobertos até a altura do peito com lençol ou manta presos embaixo do colchão e os bracinhos para fora. O colchão deve estar bem preso ao berço - não mais que dois dedos de espaço entre o berço e o colchão - e sem qualquer embalagem plástica", ensina Alessandra. Brinquedos, travesseiros e objetos macios devem ser removidos do berço quando o bebê estiver dormindo, para reduzir o risco de asfixia.

O berço em si deve ter certificação do Inmetro, conforme as normas de segurança da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Para evitar que o bebê prenda os bracinhos, as pernas ou se machuque, as grades devem ser fixas e não podem ter mais que seis centímetros de espaçamento. As cortinas e persianas também merecem atenção. Nada de cordinhas penduradas. Isso reduzirá o risco de estrangulamento.

Casinha segura
Está em dúvida se a sua casa é segura para o seu bebê? Veja o guia preparado pela coordenadora nacional da Criança Segura, Alessandra Françoia:

- Deixe baldes e banheiras longe do alcance da criança, guardados virados para baixo;
- Feche vasos sanitários e impeça o acesso da criança a máquinas de lavar louças;
- Tire objetos pequenos como botões, moedas e clipes do alcance da criança;
- Observe se os brinquedos entregues a criança possuem partes pequenas que podem se soltar, se são adequados para a idade da criança e se possuem selo do INMETRO;
- Corte os alimentos em partes bem pequenas na hora de alimentar a criança;
- Use protetores de tomadas e evitar fios elétricos soltos que podem ser alcançados pela criança;
- Cozinhe nas bocas de trás do fogão e evitar o acesso da criança à cozinha. Não cozinhe com a criança no colo e evitar deixar líquidos quentes em cima de mesas e móveis com toalhas que a criança possa puxar;
- Cuidado com eletrodomésticos ligados que a criança possa ter acesso: ferro de passar roupas, aquecedores, secador e chapinha de cabelos;
- O álcool, muito utilizado nos lares para limpeza, deve ser evitado e substituído por outros produtos;
- Escadas devem ser protegidas com portões de segurança;
- Janelas e sacadas devem possuir redes ou grades de segurança;
- Cuidado com móveis que podem ser escalados pela criança ou que podem potencializar um acidente. Ex: um móvel abaixo da janela;
- Medicamentos devem ser armazenados em armários trancados para que a criança não tenha acesso;
- O mesmo com produtos de limpeza, inseticidas e qualquer outro produto tóxico;
- Pesquisa se as plantas de sua casa podem ser tóxicas;
- Armas de fogo: o ideal é não tê-las em casa, mas se for necessário, devem ser armazenadas em locais que a criança não possa chegar, trancadas, separando-se a arma da munição;
- A supervisão do adulto em todo momento também é essencial para garantir a segurança da criança.

Mais dicas no endereço eletrônico da organização Criança Segura.
* O texto pode ter sofrido modificações

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Cortando as unhas dos bebês

Por Carolina Mouta
Matéria para o site Bolsa de Bebê *
Imagem: Dreamstime

Toda vez é a mesma coisa: seu filho tem garras de gavião e não te deixa cortar. A pirraça, normal a partir de um ano de idade, não dá trégua e o chororô começa quando, desejando ser um polvo, você o envolve com braços e pernas na tentativa de fazê-lo parar de se debater e, ao mesmo tempo, alcançar as mãos e conseguir aparar as unhas do filhote. Ufa! Praticamente uma operação de guerra. Mas, de acordo com especialistas não é necessário nada disso. Cortar as unhas pode ser simples. Quer ver?

Quando nascem, as crianças têm a unha mais mole, semelhante a uma pele endurecida, por isso são necessários alguns cuidados para prevenir inflamações e ferimentos. Para começar, você precisa criar o melhor momento. Tem que ser uma hora em que tudo esteja muito tranquilo. "Isso varia muito de criança para criança. Pode ser durante o sono pesado, quando está mamando ou distraída com alguma coisa", ensina a podóloga Mildre Buorlo, que orienta os pais a não insistirem no caso da criança abrir o berreiro. "Nesse caso, tente cortar por etapas. Assim ela acaba acostumando sem deixar traumas", diz.

Momento criado, estabeleça uma rotina. "Corte sempre no mesmo período no dia, associe a algo que a criança goste muito de fazer como uma brincadeira, um livro, um desenho. Dessa forma, toda vez que a mãe usar um desses métodos, a criança irá associá-lo ao corte de unha", orienta Mildre.

É necessário utilizar o equipamento correto e que seja só de uso da criança. Prefira tesourinhas pequenas e de bico redondo. "O famoso cortador de unha não é muito aconselhável para bebês, pois a unha é tão pequenina que o cortador pode acabar machucando o dedo da criança", avisa a podóloga. Mas tudo vai da adaptação da mamãe. Já existem no mercado alguns cortadores com lupa, que facilitam a visualização. E nada de cortar a unha muito curta ou arrancar pedacinhos ou peles. "Corte sempre em linha reta e não deixe muito rente. Nunca cutuque as laterais, pois não há necessidade", aconselha Mildre.

Normalmente, já nos primeiros dias de vida, o bebezinho deve ter as unhas cortadas. "A criança já nasce com a unha comprida. Às vezes o primeiro corte é feito dentro da própria maternidade pelas enfermeiras", observa a especialista. No entanto, se a mamãe fizer questão de realizar a façanha, a enfermeira Mariana de Simone aconselha: "Coloque uma luvinha na mãozinha do bebê até que esteja realmente segura para desempenhar essa função. A unha do bebê parece um papelzinho e fica bem grudadinha na pele do dedinho e, com isto, o risco de machucar a criança é grande", ressalta. As unhas podem ser cortadas a qualquer momento em que estiverem compridas. No geral, as unhas das mãos crescem mais rápido e são cortadas toda semana. Já as dos pés demoram cerca de quinze dias para crescer.

Quando detectam algum problema nas unhas dos bebês as mães costumam levá-los ao pediatra, que encaminha a criança para tratamento. O importante é que, ao menor sinal de inflamação, a mamãe procure atendimento profissional. "Se os dedinhos estiverem com inchaço, vermelhidão ou com infecção é aconselhável não mexer", aconselha a podóloga Yumi Ikeda.

Unha Encravada
Muitos bebês já nascem com unhas dos pés encravadas e, se não for realizado um corte correto, sofrerão sempre com o problema. Isso acontece porque um pedacinho de unha incrusta na pele aí já viu... “Isso acontece porque a pele forma uma barreira ao seu crescimento e, como a unha não para de crescer e é mais dura, ela penetra na pele podendo causar dor e ate inflamação", esclarece Mariana de Simone.

Quando não trazem a unha encravada do útero, um momento bastante propício para o aparecimento delas é quando os bebês começam a engatinhar. Aí é atrito pra cá, atrito pra lá: lascam, quebram e ferem as unhas. Outras estripulias do bebê também podem ocasionar o problema. "Chutes no berço e carrinhos podem gerar pequenos traumas que venham a se transformar em uma unha encravada", alerta Yumi Ikeda.

Mamães podem ter sua parcela de culpa na história: macacões com pezinho ocasionam traumas e meias e sapatos apertados costumam ser vilões. A genética também pode influenciar. "Nas unhas da mão é muito mais difícil acontecer. Quando acontece pode ser por problema de má formação, corte incorreto ou acidentes", diz Mildre Buorlo.

O que fazer se o pequeno está com o esse "probleminha"? Primeiro, é necessário identificar o porquê daquela unha encravada. Observe se o sapatinho está apertado, se o macacão com pé está pequeno e fazendo pressão nos dedos, se as meias têm costuras grossas ou se o corte está incorreto. Massagear os dedinhos utilizando um creme ou óleo pode ser uma excelente opção. "Isso dá um alívio na pressão do dedo sobre a unha, fazendo com que aquele momento seja muito prazeroso para a criança", ensina Mildre, que alerta: "A massagem deve ser feita com cuidado, bem de leve, com movimentos circulatórios ou escorregando os dedos para cima e para baixo. Nunca massageie com força em cima da unha pois, como a criança está em fase de crescimento, pode ser que afete a formação da mesma", finaliza.

Passo a passo
Não tem como fugir! As mamães precisam se preparar para o corte das unhas dos seus filhotes. A dica é manter a calma e seguir conselhos de quem entende do assunto.
- Esteja segura para este momento, fique tranquila, não deixe que a criança perceba que você é novata neste caso;
- Ache o momento da criança, cada criança tem o seu;
- Procure fazer isto durante o dia e em local de muita luminosidade;
- Ache um lugar confortável, pegue apetrechos para distrair a criança;
- Lave bem as suas mãos;
- Tenha um cortador ou tesourinha de ponta arredondada exclusivo para esta função. Os acessórios para cotar as unhas deverão estar bem limpinhos;
- Segure bem firme o pezinho ou a mãozinha e em seguida, pegue com firmeza o dedinho da criança separando-o dos demais;
- Concentre-se em um dedo por vez;
- Empurre a ponta do dedo para baixo deixando a unha (parte branquinha) mais acessível;
- Corte sempre reto, sem mexer nas laterais. NUNCA cutuque os cantinhos das unhas;
- Cuidado para não cortar muito, pois o local incomodará a criança;
- Deixe o dedão sempre por último. Pode ser que seja mais complicado;
- Se algum acidente acontecer, lave imediatamente o dedinho da criança com água corrente em abundancia e sabão.

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

"Todo ponto de vista é a vista de um ponto"

Por Erika de Souza Bueno *


Antes de formularmos e manifestarmos quaisquer pensamentos, conceitos ou preconceitos a respeito de algo ou alguém, é interessante atentarmos para a célebre frase de Leonardo Boff que intitula o presente artigo e que faz parte de seu livro A Águia e a Galinha.

Isto porque todos enxergam o mundo e elaboram seus pontos de vistas (conceitos) de acordo com o ponto em que estão, seja este ponto real e concreto ou imaginário ou subjetivo. Como Boff mesmo disse no livro citado, a cabeça pensa de acordo com o lugar onde pisam os pés; por isso, nós, pais e professores, precisamos fazer dos nossos lares e escolas lugares onde todos tenham igualdade de condições.

A escola e a casa devem ser lugares em que a criança aprenda desde cedo a pluralidade do mundo, dentro da qual situações e circunstâncias sempre contribuem para determinado condicionamento de pessoas. As nossas escolas precisam ser locais que permitam a criança ler e interpretar a realidade com um olhar amplo, sem preconceitos que geram atitudes de intolerância e até violência.

Como são e estão os nossos olhos? Estão fechados apenas em nosso mundo? São e estão abertos para compreender e respeitar a realidade do outro, assim como suas experiências e contradições?

Torna-se cada vez mais importante ampliarmos nossa visão de mundo diante daquilo que já nos é comum, ou seja, para além daquilo que nos é comum e confortável. Temos que atentar para situações de injustiça e violência que provocam dores e lágrimas em pessoas que nos são alheias. Precisamos romper as fronteiras de nossa confortável realidade e deixar de ser indiferentes à dor do próximo.

É preciso respeito ao que se apresenta de maneira diversa daquilo que estamos acostumados dentro do nosso universo particular, pois as diferenças são riquezas que nos completam e nos fazem cada vez mais próximos da plenitude da vida e do amor. Na sala de aula, uma das possíveis causas de tantos dissabores possivelmente seja o fato de que as diferenças entre a realidade do professor e a do aluno não estão sendo respeitadas e compreendidas pelos envolvidos no processo.

Para se ter um bom relacionamento com o aluno, o professor não precisa anular o que julga ser correto e aceitável. Não, de forma nenhuma. Da mesma maneira, é preciso fazer chegar ao conhecimento do aluno que ele não precisa ser como o professor ou seus pais, ainda que estes precisem adotar um comportamento de exemplo do que ensina e transmite, tanto em casa como em sala de aula. Tanto professores e pais quanto alunos podem viver em harmonia mesmo sendo tão diferentes uns dos outros.

É fundamental compreendermos que, assim como acontece conosco, os pontos de vistas do nosso aluno advêm do lugar onde ele está inserido e da situação que ele está vivendo - ou por algum motivo acredita que está vivendo. Às vezes, os problemas que o aluno apresenta como causas de seu mau relacionamento com o outro e consigo mesmo são pequenos e insignificantes para seus pais e professores, mas nem por isso devem ser desconsiderados, pois é a maneira como o mundo está sendo lido e interpretado por esse filho e aluno, uma vez que “cada um lê com os olhos que têm”.

Nossa missão é ampliar a capacidade de percepção do mundo de cada um de nossos filhos e alunos, contribuindo para a construção coletiva de uma sociedade mais justa e igualitária para todos, diminuindo, desta forma, a rivalidade e o preconceito que só nos impedem de melhorar nosso papel de pais e professores de jovens tão ávidos por ser compreendidos, exercendo maior compreensão.

* Erika de Souza Bueno é Coordenadora-Pedagógica do Planeta Educação e Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). Professora e consultora de Língua Portuguesa e Espanhol pela Universidade Metodista de São Paulo. Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Liquidação Alô Bebê vai até o dia 12

Por Carolina Mouta
Matéria para o blog O Baú da Criança
Imagem: Dreamstime


Se você está querendo dar aquela renovada no guarda-roupa do seu filhote, a hora é essa! A Alô Bebê veste crianças até 12 anos e faz uma super liquidação até o dia 12 de fevereiro.

Peças da coleção de primavera/verão estarão com até 40% de desconto. Entre os itens na promoção estão: o conjunto Lunender de camiseta e short, para as meninas, de R$69,90 por R$41,94; e para os meninos, o conjunto pacífico, de R$61,90, por R$37,14.

A liquidação é válida para qualquer uma das lojas físicas da rede Alô Bebê, que ficam somente no estado de São Paulo. Não sabe onde tem uma? Acesse www.alobebe.com.br e confira os endereços.

A rede aceita todos os cartões de crédito e débito (Visa, MasterCard, Diners, America Express, HiperCard, Aura), com parcelamento em até quatro vezes sem juros.

Lembrando mais uma vez: os descontos não valem para as compras feitas pelo site.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Buscapé lança ferramenta para comparar preços de materiais escolares

Por Carolina Mouta
Matéria para o blog O Baú da Criança
Imagem: Dreamstime


Assustada com o tamanho da lista de material escolar? Prepare-se para se assustar também com a variação de preços que os produtos que a compõem sofrem nessa época do ano. A recomendação é pesquisar em diversas lojas e papelarias em busca de economia e melhor preço, o que sempre dá muito trabalho.

Para ajudar papais e mamães a minimizarem os gastos, o Buscapé, maior site de comparação de preços do comércio eletrônico no Brasil, lançou uma ferramenta que, não só cria listas, mas também consulta a melhor compra dos produtos em uma ou mais lojas sugeridas pelo site.

E, acredite: a diferença de preço é gigantesca. Em alguns casos, a economia pode ser de 499,60%, como no caso do caderno universitário espiral Dura Credeal Conect, que apresentou preços variando de R$9,99 a R$59,90. Outra grande diferença registrada é a do grampeador PaperPro StackMaster Manual 100, que teve o menor preço de R$129,90 e o maior de R$345,20, uma variação de 165,74%.

Convenhamos, economia na lista escolar sempre vai bem. Depois, é usar o dinheiro que sobrou para fazer um programa legal com os pequenos nesse restinho de férias.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Papinhas com sabor de Brasil

Por Carolina Mouta
Matéria para o blog O Baú da Criança
Imagem: Dreamstime

Cada região brasileira tem um alimento mais utilizado na culinária, ou mesmo um prato que é a cara daquele pedacinho do país. E a gente sabe que os ingredientes próprios de cada região são mais fresquinhos, saborosos e baratos. Com eles é possível preparar pratos típicos incríveis. E porque as crianças devem ficar de fora dessa folia gastronômica? Desde pequenos dá para colocá-los frente a frente com as delícias locais e ensiná-los a ter uma alimentação que privilegie frutas, legumes e verduras.

A proposta das especialistas consultadas é adaptar essas gostosuras - quando necessário - e inclui-las nas refeições da garotada. Há diversas sugestões para incrementar o almoço, o jantar, o lanche... E, se você não conhece algum ingrediente, nada de cara feia: aprenda a provar os sabores do Brasil. Assim o seu filhote tem o bom exemplo e come sem fazer careta!

Do Centro Oeste vem um prato chamado cozidão. E os pequeninos podem se deliciar com uma versão que leva cenoura e salsinha, fontes de pró-vitamina A e ferro. "Colocamos todos os vegetais do cozidão mesmo, pois é viável. O cuidado é controlar sal e óleo e, quando necessário, cozinhar por mais tempo", analisa a nutricionista Raquel Botelho.

E é também do coração do Brasil que chega uma receita bem gostosa para o lanche: bolo de jenipapo com passas. Típica da região, a fruta é fonte de proteínas, rica em vitamina C, ferro e fibra.

A região Norte é um caso à parte. Rica em sabores exóticos, a culinária local abusa dos ingredientes típicos e costuma se render às frutas, boas fontes de vitaminas, minerais e fibras. "A papinha de banana pacovã, é feita com um tipo de banana que é popularmente chamada de banana comprida ou da terra. Ela apresenta tamanho maior do que as bananas comuns e deve estar com ponto de maturação bem avançado. É um fruto muito apreciado na preparação de doces e salgados", explica a nutricionista Sônia Oliveira.

O peixe e papa de macaxeira com pupunha fazem uma excelente combinação. Aliás, a culinária nortista aposta nos pratos à base de peixes. "Esta preparação contém proteína que é importante para crescimento da criança e formação de novas células, evita a anemia, contém carboidrato, que fornece energia e contribui no ganho de peso, é rica em lipídeos que são gorduras responsáveis também por fornecer energia ao organismo", explica a especialista.

E nutrientes não faltam. Os frutos da pupunheira constituem um alimento essencialmente energético, mas contêm quantidades pequenas de proteína, óleo, caroteno, vitaminas B, C e ferro. "O preparo contém vitamina A, que é importante para a pele, crescimento, para a manutenção da visão normal; vitamina C, importante para melhorar a imunidade e para ajudar na absorção do ferro e na cicatrização; zinco, que é importante para aumentar o paladar e apetite; cálcio, fundamental para os ossos e dentes e fibra alimentar, necessária para o bom funcionamento do intestino", diz.

No Sul é muito comum o purê de moranga, que as crianças comem até se lambuzarem por completo. Essa espécie de abóbora é bastante apreciada nessa região do Brasil. Nas cidades do interior qualquer pedacinho de terra vira uma plantação. Então, porque não aproveitar e inseri-la no cardápio do seu filhote? "A moranga é fonte de vitamina A, vitaminas do complexo B, cálcio e fósforo", ressalta a nutricionista Ana Paula Dexheimer.

E, para a sobremesa de quem raspar o prato, outra iguaria local: o sagu. A receita original do doce leva vinho, cravo-da-índia, canela e açúcar. Feito a partir da fécula da mandioca, também ricamente cultivada entre o Paraná e o Rio Grande do Sul, as pequenas bolinhas podem ganhar uma infinidade de sabores, como o sagu de laranja. Segundo Ana Paula, além de ser uma gostosura, o sagu é rico em vitamina B3, que reduz dermatites e atua na digestão, vitamina C, cálcio, ferro, fósforo, potássio e proteínas. "Pode guardar na geladeira. A família inteira vai se deliciar", aposta.

A região Sudeste é responsável por um dos pratos mais conhecidos no território nacional e também no exterior. E é ela quem serve de inspiração para a receita da feijoadinha, selecionada pela nutricionista Karen Levy Delmaschio. O feijão preto é excelente para as crianças: possui ácido fólico, uma vitamina importante na prevenção de anemia, pois atua na renovação dos glóbulos vermelhos do sangue, no crescimento, no sono e na memória.

E não é só por isso. "No feijão estão presentes triptofano, um aminoácido que atua na sensação do bem-estar, no sono, no crescimento e na produção da insulina; o manganês, mineral que ajuda o metabolismo ósseo; o magnésio, mineral que reduz a hiperatividade, a insônia, ajuda na memória, no aumento do apetite e na evacuação; vitamina B1 (tiamina), que reduz a hiperatividade, a dificuldade de aprendizado, a inapetência e o ferro, mineral que atua na inapetência, reduz o aparecimento de estomatite e atua na formação de glóbulos vermelhos do sangue", lista a especialista.

Por si só o feijão já é campeão para a saúde. Mas, a composição tem outra integrante de peso: a couve. Rica em fibras e vitaminas A e C, a verdura tem ação antioxidante, aumenta as defesas do organismo contra infecções, atua na absorção do ferro, na cicatrização de feridas, na hiperatividade, reduz a inapetência, previne o sangramento das gengivas; é bom para os olhos, para o crescimento, ajuda na contração dos músculos, transmissão de impulsos nervosos, coagulação sanguínea, ajuda no sono e na memória. Ufa!

Uma deliciosa papinha de frutas tropicais também cai super bem na região, uma das mais quentes do Brasil. Refrescante, a combinação tem gosto de quero mais e faz um bem enorme. "A banana ouro tem potássio, importante para a contração muscular e vitamina B6, excelente para o bom funcionamento dos sistemas nervoso e imunológico, atuando na produção de glóbulos vermelhos do sangue. O mamão é rico em bromelina, enzima que ajuda na redução de muco e inflamação; além de ácido fólico, vitamina importante na prevenção de anemia, pois ajuda a renovar os glóbulos vermelhos do sangue. A pitanga possui vitamina A, nutriente essencial para a visão, crescimento, desenvolvimento dos ossos e dentes e vitamina C", esclarece Karen.

E quem não aprecia a culinária do Nordeste? É tanta coisa boa que nem dá para contar! A fruta-pão é bem conhecida por lá e, muitas vezes, é servida no café da manhã de forma simples: cozida e com manteiga. Bastante versátil, a polpa branca pode ser consumida in natura ou no preparo de pratos doces e salgados. As crianças poderão prová-la de forma bastante nutritiva: a sopa de fruta-pão. De acordo com a nutricionista Marcella Azevedo, a belezura é rica em calorias, carboidratos, água, vitaminas B1, B2 e C, cálcio, fósforo, ferro e tem baixo teor de gorduras.

Para arrematar a lista e refrescar, que tal um suco de umbu? A Umbuzada é azedinha, mas a garotada vai adorar. O fruto tem bastante vitaminas A, C, B1, B2 e minerais como cálcio, fósforo, potássio e ferro. “A fruta tem ação energética, ajuda a eliminar toxinas e auxilia contra a desnutrição”, finaliza a nutricionista.

RECEITAS

CENTRO OESTE

Receitas da nutricionista Raquel Botelho

Cozidão
3 colheres de sopa de carne (músculo)
3 rodelas de banana da terra
1 colher de sopa de cenoura
3 colheres de sopa de mandioca
3 colheres de sopa de batata doce
1 colher de chá de cheiro verde
3 colheres de sopa de batata inglesa
1 colher de sopa de repolho branco
1 colher de chá nivelada de alho
1 colher de chá de cebola1 colher de chá de óleo
1 colher de café nivelada de sal 2 xícaras e meia de chá de água

Em uma panela dourar a carne com o alho. Cobrir a carne com água e adicionar o sal, deixando cozinhar até que a carne fique macia (pode ser utilizada a panela de pressão). Enquanto a carne cozinha, descascar e cortar em cubos a mandioca, cenoura, batatas, batata doce, repolho, e cebola. Adicionar cada uma destas hortaliças, na ordem citada, com intervalos de cinco minutos de uma para outra. Deixar cozinhar e por ultimo adicionar a banana cortada em cubos, finalizando a preparação salpicando o cheiro verde picado.

Bolo de jenipapo e passas
2 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de açúcar
2 ovos
1 xícara de manteiga
1 unidade média de jenipapo
1 colher de chá de fermento químico
3 colheres de sopa de uva passa
1 pitada de canela em pó
1 xícara de água

Bater na batedeira o açúcar com a manteiga derretida. Acrescentar as gemas e bater. Adicionar o suco de jenipapo (jenipapo sem casca e sem semente batido no liquidificador com a água) e homogeneizar a massa. Juntar lentamente à massa a farinha de trigo peneirada e o fermento químico e misturar até que a massa esteja lisa. Separadamente bater as claras em neve e verter a massa de bolo sobre a clara em neve. Misturar com uma colher de plástico ou de metal levemente, e acrescentar as uvas passas e a canela em pó, mexendo até que a massa esteja homogênea. Colocar em uma forma de bolo (com furo) com 30 cm de diâmetro, previamente untada com manteiga e farinha, e assar em forno a 180ºC por 35 min.

REGIÃO NORTE
Receitas da nutricionista Sônia Oliveira

Peixe e papa de macaxeira com pupunha
1 colher de sopa de pupunha picada
1 pedaço pequeno de macaxeira descascada
1 colher de sopa de cebola picada
1 colher de sobremesa cheia de cheiro-verde picado
1 pedaço pequeno de peixe
1 colher de café de sal
1/3 de copo de requeijão de água

Em uma panela pequena, colocar a pupunha picadinha, a macaxeira cortada em cubos pequenos, o sal, a cebola, o cheiro-verde e a água. Levar ao fogo baixo e cozinhar por 15 minutos. Escorrer a água. Amassar com garfo e servir com o peixe cozido desfiado.

Papa de banana pacovã
1 pedaço de banana pacovã

Amassar com garfo e oferecer com a colher.

REGIÃO SUL
Receitas da nutricionista Ana Paula Dexheimer

Purê de Moranga
1/2 unidade de moranga
2 batatas
1 pitada de sal

Cozinhar até os ingredientes ficarem macios. Liquidificar e servir acompanhado de carne moída ou frango desfiado.

Sagu de laranja
1 xícara de sagu
2 copos de suco de laranja
4 colheres (sopa) de açúcar

Deixar o sagu de molho em água por 40 minutos. Aquecer o suco de laranja. Acrescentar o sagu e o açúcar. Cozinhar até as bolinhas ficarem transparentes. Antes de apagar o fogo, acrescentar 4 cravos da índia. Servir morninho ou frio.

REGIÃO SUDESTE
Receitas da nutricionista Karen Levy Delmaschio

Feijoadinha
1 xícara de feijão preto
2 folhas de couve
1 unidade pequena de mandioca
1 posta pequena de Dourado ou Cação
2 folhas de louro

Cozinhe o feijão e a mandioca na água com as folhas de louro. Assim que estiver al dente, acrescente o peixe e, por último, as folhas de couve picadas. Quando estiver pronto, retire as folhas de louro e amasse ou bata no liquidificador.

Papinha de frutas tropicais
1 unidade de banana ouro
1 fatia fina e pequena de mamão
4 unidades sem caroço de pitanga

Pique a banana e o mamão e acrescente a pitanga. Amasse bem com um garfo. Não é necessário colocar açúcar pois a criança deverá sentir o gosto doce das frutas.

REGIÃO NORDESTE
Receitas da nutricionista Marcella Azevedo

Sopa de fruta-pão
500 g de fruta-pão
7 xícaras de água
2 xícaras de leite fervido
1 cebola grande
Manteiga e sal

Ferva a fruta-pão até que fique a ponto de passar pela peneira. Feito isso, junte o leite e os demais ingredientes e deixe ferver.

Umbuzada
1 porção de umbus bem maduros
Água para cozimento
Leite e açúcar a gosto

Lave os umbus e leve-os ao fogo para cozinhar por alguns minutos para amolecer a polpa. Retire do fogo e escorra a água, deixe esfriar. Em seguida, despolpe os frutos com as mãos ou com uma colher. Passe a polpa pela peneira grossa ou bata no liquidificador, acrescentando leite e açúcar. Misture até dar consistência de um suco cremoso. Sirva gelado.